quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Era uma vez no fantástico mundo belenense

          Bom, primeiro post neste mundo virtual, pode ser a primeira decepção também. Assim como  o amor... Ops, melhor esquecer este assunto. Vamos dar uma guinada por aqui, aquecer o carburador, um up na marcha e bruuummmmmm.  Hoje, foi um daqueles dias que acordei com vontade de mudar, ou pelo menos tentar, vovó mesmo dizia: ''deixa de ser sem eira nem beira menino''. Pois bem, estou tentando vó. Comecei a observar a vida, não que eu simplesmente ignorasse a mesma antes, mas, e sempre temos um MAS, creio que passava a vida e yo apenas assistia seu espetáculo. É né, fiz o que um ser ''observador'' faz: observa.

         O cenário de análise é nada mais nada menos que a famosa linha de ônibus Arsenal, e claro, vocês que já utilizaram o mesmo devem imaginar a dificuldade de usar este num calorão de 40° na metrópole da Amazônia e, principalmente, ao meio-dia. Trágico, diria o Sr. Omar. E naquele empurra-empurra, um vai-e-vem, o pior é quando tem curva,  não sei se é o ônibus que vai, ou o passageiro. Tenho que usar todos os passos aprendidos naqueles antigos filmes do Jackie Chan da sessão da tarde. Desvio de um senhor aqui, dou um salto por cima de um menino levado ali, o golpe do macaco naquela senhora com uns pesos a mais e finalmente, como se alguém tivesse feito uma espécie de avada kedrava; surge do nada, um assento vazio, parece que simplesmente um buraco de minhoca engole a pessoa ou ela é enviada a Nárnia. Aquele bendito lugar, um troféu para quem está definhando e rezando para descer o mais rápido possível, imaginando 1001 alternativas para fugir daquela prisão automobilística pública.

       Na hora até pensei: ''sento ou não sento, eis a questão''. Por fim, analisei em demasia e sentaram, é queridos, sentaram. Fiquei no vácuo, se eu pudesse dava um hadouken na pessoa. Culpa minha, maldita filosofia cotidiana. Mas tudo bem, era um cara com quase dois metros e uma camisa com a estampa Jiu-Jitsu. Não que eu tenha ficado com medo, senhores, mas respeitei, só não imaginei que o mesmo seria de uma destas espécies que se alastraram na cidade como rato de bueiro, mesmo quando o mundo esta caindo ao seu lado, traduzindo... Mesmo quando o coletivo está apinhado de gente, liga o bendito celular e  põe aquele brega!!! Aí é o cúmulo! O fim da picada! Melhor pedir meu enterro antes da hora. Percebi que até em Belém temos ogros. Só não achei um Dumbledore por aí capaz de destruir estes. Enfim, cheguei ao meu destino, ciente de que a vida continua e tem sempre mais um ônibus com capacidade de 80 pessoas levando 140 nos esperando em qualquer uma destas paradas da mangueira's city. Aprendi que da próxima vez vou comprar minhas pílulas de encolhimento com o colorado.

Por Byron, o Atleta.

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